Balé Teatro Castro Alves apresenta Essa Tempestade neste sábado (29)
Tweet |
Com coreografia criada este ano pelo cearense radicado na Bélgica, Claudio Bernardo, o Balé Teatro Castro Alves (BA) apresenta neste sábado (29), às 21h, no Theatro José de Alencar, Essa Tempestade. O espetáculo se une a cerca de 50 montagens de seu repertório desenvolvidas em 30 anos de existência da companhia. Trata-se da primeira vez que o Balé participa da Bienal Internacional de Dança do Ceará.
Nesta peça coreográfica, Claudio Bernardo propõe que seus cerca de 30 bailarinos falem sobre uma temática bem brasileira, sobre essa tempestade da qual somos feitos, que circula dentro de nós, no nosso sangue constituído de índios, europeus e africanos. Essa impetuosidade cruel que a colonização deixou nos nossos pequenos gestos cotidianos, como naquele de chamar o homem ou a mulher que nos serve um café. Essa alegria contagiante que adoça nossas dores materiais. Essa coragem debochada nos ardores sensuais.
Mais espetáculos
Além do Balé Teatro Castro Alves, a programação deste sábado do festival conta com mais sete apresentações. Encerrando sua colaboração este ano com a Bienal, o Centro Cultural Banco do Nordeste exibe às 12h, Mistura – A Dança das Coisas, do Grupo N ∞ (Fortaleza/CE). Às 15h, é a vez do Grupo Expressart (Fortaleza/CE) subir ao palco com Brincar de que?. Já às 18h, a Cia. Argumento (Fortaleza/CE) apresenta Emplasto.
Às 18h, a Cia. da Arte Andanças (Fortaleza/CE) vai ao Sesc Senac Iracema com O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul, remontagem de trabalho de 2004 que se inspira na obra do artista plástico Leonilson, tratando sobre como a vida se afirma a cada dia. Posteriormente, o público poderá conferir, no entorno do Centro Dragão do Mar, peças populares de dois grupos de Barbalha: o Reisado de Couro do Mestre José Pedro e o Grupo de Penitentes Irmãos da Cruz.
Pedro Salustiano (PE) sobe ao palco do Teatro Dragão do Mar, às 19h, para apresentar Samba no Canavial. O trabalho tem como fonte a linhagem cultural na qual Pedro, filho do Mestre Salustiano, se insere. Parte das manifestações culturais coletivas para um trabalho solo evidencia uma singularidade coreográfica. Uma pesquisa que traz para o espaço cênico um trabalho de aprendizado que vem dos terreiros.
Foto: Isabel Gouveia