Roda de conversa com Marcos Abranches (SP), João Paulo Lima (CE), Clarissa Costa (CE), Jhon Morais (CE), Ariel Volkova (CE)
Mediação Fausto Augusto Cândido
Marcos Abranches é coreógrafo e dançarino portador de coreoatetose, deficiência física rara decorrente de uma lesão cerebral. Não é uma doença e sim um estado patológico que se manifesta a partir de movimentos involuntários, intermitentes e irregulares da face e dos membros. O profissional utiliza da própria deficiência como referência de estudo para a construção de sua linguagem artística corporal, sendo o único coreógrafo brasileiro com paralisia cerebral a propor um estudo sobre dança contemporânea.
João Paulo Lima é artista-pesquisador, é doutorando em Dança pela Universidade de Lisboa. Participou de Residências artísticas na Inglaterra, Candoco Dance Company e na Irlanda - Croi Glan Dance Company, onde iniciou sua pesquisa sobre dança inclusiva e integrada.
Clarissa Costa, artista nascida e criada da cidade de Fortaleza, sente-se curiosa e caçadora das possibilidades do corpo nas mais diversas formas de potências dançadas. Obteve formações em escolas tradicionais de balé clássico e no Curso Técnico em Dança do Ceará. Atualmente é aluna do curso de Bacharelado em Dança pela UFC, atua como bailarina na Omì Cia de Dança (desde 2010) e Cia Dita (desde 2012). E tem estima por transitar entre teatros, salões de dança, rodas de improvisação e capoeiragem, a fim de conseguir existir e resistir em qualquer outro lugar.
Jhon Morais, começou a dançar em 2009 na Cia de Ritmos de Danças Populares (Cordapés). Neste mesmo ano, estudou dança afro-contemporanea na Cia de Danca Alagba por 3 anos com Mestre Tony Lima. Foi aluno da EDISCA por 1 ano. Integrou-se ao Estudio Terpsicore da professora Júlia Cândida por dois anos. Em 2015, formou-se no Curso Técnico em Dança do Ceará. Atualmente, integra a Omì Cia de Dança, onde desenvolve trabalhos em danças a dois, cargo chefe dos seus estudos em dança.
Ariel Volkova, 26 anos, é artista, bacharel em dança e pesquisador em teatro, fotografia, audiovisual e performance. Em suas experimentações, utiliza da hibridação entre diferentes linguagens artísticas para a composição de suas obras. Além disso é pesquisador na área da videodança e investiga as possibilidades cênicas com LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Atualmente desenvolve uma pesquisa sobre performatividade de gênero e seus desdobramentos na cena contemporânea, como Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal do Ceará – UFC.
Fausto Augusto Cândido é graduando em Ciências Sociais com Dupla Habilitação em Antropologia e Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB), Pesquisador e Consultor junto a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), Produtor Cultural em Acessibilidade pela Bienal Internacional de Dança do Ceará. Atualmente realiza trabalhos em Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência na educação, cultura e políticas públicas institucionais e Pesquisa no âmbito da arte cênica e imagem junto ao Projeto PÉS - Teatro-Dança para Pessoas com Deficiência IDA/UnB e ao IRIS – Laboratório de Imagem e Registro de Interações Sociais do Departamento de Antropologia - DAN/UnB.