V BIENAL DE PAR EM PAR

Bienal Internacional de Dança do Ceará de Par em Par

A Bienal Internacional de Dança do Ceará De Par Em Par chega à sua quinta edição em 2016. Fiel às motivações que em 2008 levaram à sua criação, o evento configura-se como um espaço de difusão, apoio à criação, à formação e ao intercâmbio artístico. Apresentando um olhar atento à multiplicidade de formas por meio das quais a dança se manifesta, a Bienal consagra um espaço privilegiado às criações resultantes do diálogo da dança com outras linguagens artísticas. Para além, entretanto, de uma simples plataforma de dança, a Bienal é um acontecimento que pulsa com a cidade, com o estado, com o país, com o mundo, com as múltiplas linhas de força que atravessam o tempo presente. Lugar de encontros, partilhas, resistência e abertura de possíveis, cada nova edição da Bienal surge como uma atualização daquilo que respira, transpira e conspira para que a dança, em toda sua heterogeneidade, possa se dizer. Transforma-se, portanto, de maneira contínua, nas proximidades das dinâmicas e dos fluxos que se instauram nos distintos contextos de produção com os quais dialoga. Os afetos que atravessam aqueles que fazem-pensam a dança são os mesmos que constituem o pensamento e élan de nossa ação. E é a partir desse lugar que se conforma a programação desse ano.

Assim como em anos anteriores, a edição de 2016 investe na descentralização da programação e distribui as ações de difusão em diferentes palcos da capital – Pavilhão Atlântico, Farol do Mucuripe, Teatro Dragão do Mar, SESC Iracema, Cineteatro São Luiz, Teatro da Boca Rica, Centro Cultural Bom Jardim, e Cena 15 –, além de apresentar espetáculos em Sobral, Itapipoca, Trairi, Paracuru e Juazeiro do Norte.

Programação artística

Juntamente com as edições dos anos ímpares, a Bienal de Par em Par consolidou-se como uma referência para a difusão em dança no Brasil, situando Fortaleza no mapa de circulação nacional e internacional da produção contemporânea em dança cênica.  Evidência disso são os convites feitos à Bienal para se fazer presente em importantes plataformas de difusão no Brasil e exterior, bem como a ampla demanda espontânea de participação em nossa programação por parte de artistas nacionais e estrangeiros. O conjunto de propostas acessado em 2016 permitiu-nos configurar uma rica programação de artistas locais, de outros estados e de outros países. Além de uma forte presença de criadores cearenses, contaremos com trabalhos produzidos em Pernambuco, Tocantins, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. A programação internacional abrange trabalhos de artistas da Suíça, França e, pela primeira vez, do Canadá. Muitos deles estarão “estreando” suas participações nos palcos da Bienal.

A programação inclui ainda uma Plataforma de Acessibilidade da Bienal. Além da apresentação de espetáculos em formato acessível com libras e áudio-descrição, a Plataforma de Acessibilidade – uma ação promovida com o apoio do Instituto Bela Vista e da Funarte – realiza o Seminário Dança e Acessibilidade, lançado em 2015 na Bienal de Dança.

Ações formativas

As ações de formação são uma das marcas da Bienal de Par em Par.  Na presente edição, elas ganham uma dimensão especial com a reedição do Trajetos EnCena, projeto artístico e formativo realizado em parceria com o Centro Cultural do Bom Jardim. Concebido em 2015 como uma ação de promoção do acesso aos saberes e fazeres da cena teatral, o Trajetos EnCena, em sua segunda edição, conta com a participação de artistas reconhecidos como Edvan Monteiro, Andréa Bardawil, Walter Façanha, Gil Braga e Yuri Yamamoto. Esses profissionais estarão à frente de ações de criação em dança, figurino, luz e cenografia no Centro Cultural do Bom Jardim, colaborando para a inserção de jovens artistas e técnicos do Grande Bom Jardim no campo da produção cênica.

Diversas ações realizadas em parceria com instituições e iniciativas de formação em dança como a Vila das Artes, a Universidade Federal do Ceará, o Porto Iracema das Artes, além do Centro Cultural do Bom Jardim, complementam o programa formativo da Bienal. Inscrevemse nessas ações conferências e conversas, lançamentos de vídeos, publicação de livro, bem como um seminário internacional intitulado Aller-Retour - Danse Brésil-France (IDA-E-VOLTA: Dança Brasil-França), com curadoria das pesquisadoras Cássia Navas (BRA) e Isabelle Launay (FRA) e apoio da Universidade Federal do Ceará.  Integram ainda o programa de ações formativas oficinas e residências ministradas na Vila das Artes, no Porto Iracema das Artes, no CCBJ, no Teatro da Boca Rica, no SESC Iracema, bem como nas várias cidades que recebem a programação da Bienal. A residência Discotheque, coordenada pelo premiado coreógrafo paulista Luis Ferron, resultará numa performance a ser apresentada na programação artística da Bienal. Dentro do contexto do evento Sobral Cidade das Artes, a Bienal desenvolve uma programação especial, constando de oficinas e residências (Percursos Criativos) no Teatro São João e no Teatro da ECOA.

Apoio à produção

Já há algum tempo, de distintas maneiras, a Bienal vem apoiando grupos cearenses em seus processos de produção. No ano passado, criou-se o Percursos Criativos, ação por meio da qual companhias locais têm a oportunidade de trabalhar com coreógrafos de outros contextos. Trata-se de uma ação que promove a mobilidade artística, o compartilhamento de experiências e a construção de cumplicidades estéticas, resultando em ricos processos de intercâmbio artístico e na produção de repertórios coreográficos.  Em 2016, participam dessa ação Jorge Garcia (SP/PE), como coreógrafo convidado junto à Paracuru Cia de Dança, e Fauller (CE), que coreografa com a Alysson Amancio Cia de Dança. Os trabalhos resultantes do Percursos Criativos são apresentados na Bienal e passam a integrar o repertório das companhias.  Participam ainda do Percursos Criativos os grupos Bagaceira e o Teatro Máquina, ambos desenvolvendo processos de pesquisa e montagem junto a jovens performers da cidade de Sobral. A Bienal de Par em Par reafirma aí sua vocação para investir em experimentações que se atualizam a partir de diálogos com o teatro, com a performance e com as artes visuais.

Parcerias

A Bienal, desde 2005, integra o Circuito Internacional de Festivais Brasileiros de Dança, juntamente com Festival Cumplicidades (Recife), o Fórum Internacional de Dança (Belo Horizonte) e o Festival Panorama (Rio de Janeiro). Ao longo de mais de uma década de existência, o Circuito estabeleceu importantes parcerias com várias iniciativas e instituições internacionais de apoio à criação e à difusão em dança, entre as quais o Institut Français. Tal parceria viabilizou a participação nesses festivais de vários artistas franceses selecionados para a edição de 2016 do FranceDanse (mostra em torno da cena coreográfica francesa), realizada no Brasil. Essa proximidade permitiu também a articulação de um encontro de curadores na Bienal, feito em parceria com o TransARTE (programa transversal do Institut Français que favorece a circulação de propostas de criações cênicas que investem na interdisciplinaridade e em formas artísticas híbridas), cuja finalidade é divulgar as propostas desse programa, bem como apresentar a produção coreográfica local.

Além dos parceiros nacionais e internacionais, não seria possível realizar a Bienal sem o apoio de nosso parceiros locais. É o trabalho sinérgico com essas instituições e iniciativas que nos permite apresentar uma programação com a dimensão e a qualidade que tem marcado as várias edições do evento. Agradecemos assim a todos aqueles que, caminhando lado a lado, têm nos acompanhado nessas jornadas de resistência e invenção: Vila das Artes, Universidade Federal do Ceará, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Curso Técnico em Dança do Porto Iracema das Artes, Centro Cultural do Bom Jardim, Teatro São João, Cineteatro São Luiz, Jornal O Povo, Rádio Beach Park, Via Digital, Karthaz Cultura, Quitanda das Artes, Centro Cultural Banco do Nordeste, Sobral Cidade das Artes e Aliança Francesa.

FICHA TÉCNICA

Direção Geral David Linhares
Direção artística e pedagógica Ernesto Gadelha
Curadoria Ernesto Gadelha e David Linhares
Consultoria Executiva Emídio Sanderson e
Quitanda das Artes

Coordenação de Produção João Paulo Pinho
Produção Internacional Clara Kahina
Produção Nacional Thalita Oliveira
Produção Interiores Felipe Araújo e Henrique Castro Assistência de Produção Tiago Roots e Wládia Torres Produção de Transporte Saulo Gadelha e Lidiane Cordeiro Produção de alimentação Manjari Ikeda
Produção Fringes Seu Divino e Tiago Roots
Articuladores interior Alex Santiago, Gerson Moreno e Antônio Alves

Produção Seminário Dança e Acessibilidade Fausto Augusto Cândido
Produção Seminário Aller-Retour Andria Magalhães Produção Ações Formativas William Pereira Monte

Produção Editorial Camila Alves
Comunicação Visual e Marketing Karthaz Cultura
Assessoria de Imprensa Dégagé
Tradução Clara Kahina, David Linhares e Thalita Oliveira

Direção Técnica Walter Façanha
Coordenação de Cenotécnica Bertrand de Courville Coordenação de Iluminação Samir Kassouf
Coordenação de Som Cleber Helal
Produção Técnica Ivna Ferreira
Equipe Técnica Raimundo Sousa, Guilherme Leite, Fábio Oliveira, Nêgo, Edvaldo Jácome, Fernando Silver, Duda Ribeiro, Fellipe Holanda

Assessoria Contábil GT Contabilidade e Ivaney Rolim Impressão Expressão Gráfica
Assessoria jurídica André Brayner
Fotógrafo Luiz Alves