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Depoimento Matthieu Doze

19-10-2014

Veja o depoimento do bailarino francês Matthieu Doze, escolhido pelo coreografo Allain Buffart para perpetuar o solo "Good Boy.

"Em 1998, eu acompanhei as últimas sessões Good Boy e aceitei tornar-me, durante 14 anos, o companheiro de turnês: assistente artístico, técnico, massagista às vezes ...

Depois veio Good Four ... (2001) declinação para quatro bailarinos, e Mauvais Genre (2003) para vinte artistas, homens e mulheres. Este solo pode assim, sem dúvida, ser considerado sob um ângulo matricial e foi, evidentemente, uma peça para a qual Alain Buffard desejava conservar suas propriedades plásticas.

Em junho de 2009, Alain, exausto de excesso de trabalho, me propôs de ir dançar em seu lugar, em Oaxaca, no México, ou cancelar a data. Eu concordei em ir sozinho, com o saco de cuecas, lâmpadas, caixas de remédios, adesivos, walkman, dançar pela primeira vez a versão solo.

Em 29 de março de 2012, ele decidiu que dançava Good Boy pela última vez no Périscope Nimes e ofereceu-me que eu me tornasse, a partir daquele momento, o intérprete deste projeto fundante de 15 anos, que passaria a construir sua obra curiosa singular, exigente...

Após seu desaparecimento repentino em 21 de dezembro de 2013, por não ter tido tempo para trabalharmos juntos na questão, eu pensei que deveria parar por ali. E então, a leitura de algumas linhas de seu testamento, que manifestam seu desejo de ver algumas de suas peças – Good Boy (1998), Mauvais Genre (2003), Les Inconsolés (2005) e Baron Samedi (2012) – continuarem a ser apresentadas alimentaram minha reflexão de outra forma. Acompanhado por Fanny Chaillé, Good Boy foi remontado no final do verão de 2014 nos espaços da Ménagerie des Verres, a mesma onde a peça foi criada em 1998." 

- Matthieu Doze, Paris, outubro de 2014


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