Sim, eu sou jovem. Sim eu começo minha vida. Dizem que ainda sou apenas uma criança, mas eu tenho fome e sede de descobrir a vida, então deixem-me mergulhar no mundo. Com toda minha despreocupação, tenho vontade de me jogar na batalha, com toda minha energia tenho vontade de nela encontrar meu lugar. Sim, há dureza, brutalidade, selvageria até talvez, mas há alegria também. A alegria de estar com os outros, junto aos outros, bem junto. Deixem-me dançar a alegria de estar vivo. E o que há de melhor do que a música punk-rock do grupo The Savages para ir ao final da noite doce como tua pele, teus lábios, o gosto de tua boca, a beira do meu coração e o sangue que corre nas minhas veias. David Linhares, diretor da Bienal de Dança de Ceará, foi o primeiro a convida-me ao Brasil. Dessa vez ele me convida para montar um espetáculo para essa admirável Paracuru Cia de Dança, dirigida pelo muito estimado Flavio Sampaio, que faz um trabalho artístico notável junto aos jovens dessa cidade.
A Paracuru Companhia de Dança criada em 2000, por um grupo de jovens da cidade e dirigida pelo bailarino Flávio Sampaio. Em 2003 começou a apresentar-se regularmente, circulando com seu repertório construído por diferentes coreógrafos